Terra Indígena Alto Rio Guamá: dominação, silenciamento e resistência
Por Ivânia Neves
Nosso principal patrimônio cultural é a terra. Não tem como
vivermos nossa cultura sem a nossa terra! - Naldo Tembé – Aldeia Sede
As políticas públicas em relação às sociedades indígenas,
desde o início do período colonial, estiveram sempre comprometidas com regimes
de exploração e violência, organizadas a partir de diferentes estratégias, que
procuraram interferir e silenciar as práticas culturais e as histórias destes povos.
Se a princípio estas iniciativas eram ditadas pelos
interesses da Coroa Portuguesa, o Império e a República do Brasil, sem muita
hesitação, em nome do desenvolvimento e da integração do país, deram
prosseguimento a este sistema. Das tensões que marcaram e continuam marcando
com sangue indígena a história e o território deste país, nasceu uma
legislação, ainda ameaçada pelos interesses ruralistas, capaz de garantir as
terras indígenas no Brasil.
|
Nesta matéria, procurei mostrar a posição dos Tembé diante
da TIARG e os acontecimentos que resultaram numa batalha judicial de 35 anos,
que deve ser finalizada em 15 de setembro de 2014. Em agosto, uma ordem
judicial determinou a desocupação da maior e mais duradoura invasão de suas
terras, a Fazenda Mejer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário