O discurso, para Michel Foucault, é a reverberação de uma verdade histórica, na medida em que não é absoluta, universal, tampouco definitiva. Uma verdade que nasce diante de nossos próprios olhos. Ao nos propormos, nesta sessão, a pensar as “Interseções de Gênero”, sob a ótica discursiva, visamos suscitar discussões a partir das seguintes questões: (i) como e por que o que é considerado verdadeiro, se tornou um dia em algo verdadeiro?
(ii) na interseção de gênero, raça, classe e sexualidade, quais verdades comandam vidas e corpos na atualidade? (iii) tendo em conta que o enfoque interseccional opera a partir de diferentes categorias, tais como de sexo/gênero, classe, raça, etnicidade, idade, deficiência e orientação sexual, em que medida os debates e os trabalhos inscritos neste Seminário contribuem para os estudos que visam combater a produção e reprodução das desigualdades sociais, além dos sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação?
Nossa expectativa, com esses questionamentos, é levantar problematizações que o mundo contemporâneo nos coloca e sobre as quais podemos nos debruçar a fim de compreendermos o funcionamento dos discursos na produção de sentidos, subjetividades e verdades.
A sessão será dividida em dois momentos: Roda de Conversa, momento em que haverá uma conversa com os professores debatedores sobre Interseções de Gênero. Esta atividade será aberta ao público. Na segunda parte, as pesquisas em andamento serão debatidas em uma reunião fechada e os professores debatedores poderão interagir com os alunos.
Flávia Marinho Lisbôa
Universidade Federal Rural da Amazônia
Docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Doutora em Letras/Estudos Linguísticos (UFPA) com tese sobre a língua na interface com a colonialidade e com os estudos discursivos com Foucault. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (UNIFESSPA), onde defendeu dissertação envolvendo Análise do Discurso e propaganda eleitoral. Especialista em Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa (UFPA). Graduada em Letras - Língua Portuguesa (UFPA). Membro do Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (GEDAI-UFPA) e do Grupo de Estudos em Linguística e Formação Docente (GELFOR-UFRA), além de compor o Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia (NEDAM-UFRA). Currículo Lattes.
João Manuel de Oliveira
Universidade Federal de Santa Catarina
João Manuel de Oliveira é atualmente Professor Visitante Associado no Programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Trabalha sobre Estudos de Gênero, Estudos Críticos da Sexualidade e Teoria Feminista, assente num entendimento performativo do gênero, dentro de uma epistemologia feminista pós-estruturalista. As suas publicações recentes tratam de interseccionalidade e hifenização, homo/heteronormatividade, conhecimentos des/subjugados e genealogias excêntricas, teorias feministas anti-racistas e anti-essencialistas, teoria queer, estudos trans*, arte e dança contemporânea, as relações intrincadas entre conhecimentos, corpos, políticas e poder no quadro das economias políticas neoliberais. É Professor Visitante no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, onde é professor nos programas doutorais em Psicologia e Psicologia Social e investigador integrado no CIS-Instituto Universitário de Lisboa. Currículo Lattes.
PESQUISAS EM ANDAMENTO - DEBATES
APRESENTAÇÕES (Vídeo e Texto)
Aqui, já estão disponibilizadas previamente as apresentações ( vídeo e texto). No dia 02 acontecerá apenas o debate sobre os trabalhos, na ordem em que aparecem a seguir.
(ii) na interseção de gênero, raça, classe e sexualidade, quais verdades comandam vidas e corpos na atualidade? (iii) tendo em conta que o enfoque interseccional opera a partir de diferentes categorias, tais como de sexo/gênero, classe, raça, etnicidade, idade, deficiência e orientação sexual, em que medida os debates e os trabalhos inscritos neste Seminário contribuem para os estudos que visam combater a produção e reprodução das desigualdades sociais, além dos sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação?
Nossa expectativa, com esses questionamentos, é levantar problematizações que o mundo contemporâneo nos coloca e sobre as quais podemos nos debruçar a fim de compreendermos o funcionamento dos discursos na produção de sentidos, subjetividades e verdades.
A sessão será dividida em dois momentos: Roda de Conversa, momento em que haverá uma conversa com os professores debatedores sobre Interseções de Gênero. Esta atividade será aberta ao público. Na segunda parte, as pesquisas em andamento serão debatidas em uma reunião fechada e os professores debatedores poderão interagir com os alunos.
Possui graduação em Letras Português Francês pela Universidade Estadual Paulista - UNESP-Assis (1989), mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Maringá (2003) e doutorado em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista - FCL/UNESP-Araraquara-SP (2011). Em 2009, realizou estudos em programa de doutorado sanduíche na Universidade Louis Lumière de Lyon II, França. Desde 1998, é professora na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-Guarapuava/Pr). Membro do GT de Estudos Discursivos Foucaultianos da ANPOLL. Diretora da Editora UNICENTRO (EDUNI). Coordenadora Institucional do Programa Paraná Fala Francês (PFF) na UNICENTRO. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino da língua portuguesa, discurso, corpo e história das mulheres. Currículo Lattes.
Universidade Federal Rural da Amazônia
Docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Doutora em Letras/Estudos Linguísticos (UFPA) com tese sobre a língua na interface com a colonialidade e com os estudos discursivos com Foucault. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (UNIFESSPA), onde defendeu dissertação envolvendo Análise do Discurso e propaganda eleitoral. Especialista em Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa (UFPA). Graduada em Letras - Língua Portuguesa (UFPA). Membro do Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (GEDAI-UFPA) e do Grupo de Estudos em Linguística e Formação Docente (GELFOR-UFRA), além de compor o Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia (NEDAM-UFRA). Currículo Lattes.
Atílio Butturi Júnior
Universidade Federal de Santa Catarina
Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2004), mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012). Realizou estágio pós-doutoral no IEL/UNICAMP (2014-2015), sob supervisão do Prof. Dr. Kanavilil Rajagopalan, e estágio pós-doutoral na Faculdade de Filosofia da Ciência da Universidade Nova de Lisboa (2017-2018), com bolsa da CAPES-Brasil, sob supervisão do Prof. Dr. José Luís Câmara Leme. É professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (da área de Linguística Aplicada), onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Linguística. É líder do Grupo de Estudos no Campo Discursivo (UFSC | CNPq) e membro do Grupo de Pesquisa A condição Corporal (PUC-SP | CNPq) e do Núcleo de Estudos em Linguística Aplicada (NELA | UFSC | CNPq), editor-chefe da revista Fórum Linguístico, docente do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC e do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFFS. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, Análise do Discurso e Filosofia da Linguagem, tendo como ponto central de pesquisa os problemas da arqueogenealogia foucaultiana, notadamente referentes ao discurso e à biopolítica. É, atualmente, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ2). Currículo Lattes.
João Manuel de Oliveira
Universidade Federal de Santa Catarina
João Manuel de Oliveira é atualmente Professor Visitante Associado no Programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Trabalha sobre Estudos de Gênero, Estudos Críticos da Sexualidade e Teoria Feminista, assente num entendimento performativo do gênero, dentro de uma epistemologia feminista pós-estruturalista. As suas publicações recentes tratam de interseccionalidade e hifenização, homo/heteronormatividade, conhecimentos des/subjugados e genealogias excêntricas, teorias feministas anti-racistas e anti-essencialistas, teoria queer, estudos trans*, arte e dança contemporânea, as relações intrincadas entre conhecimentos, corpos, políticas e poder no quadro das economias políticas neoliberais. É Professor Visitante no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, onde é professor nos programas doutorais em Psicologia e Psicologia Social e investigador integrado no CIS-Instituto Universitário de Lisboa. Currículo Lattes.
PESQUISAS EM ANDAMENTO - DEBATES
APRESENTAÇÕES (Vídeo e Texto)
Aqui, já estão disponibilizadas previamente as apresentações ( vídeo e texto). No dia 02 acontecerá apenas o debate sobre os trabalhos, na ordem em que aparecem a seguir.
Letícia Adélia de Sousa |
A presença da mulher negra nas Batalhas de Rap em Belém: discurso e resistência
Amazônida, periférica, apaixonada pela potência das/os adolescentes. Ocupa espaços de construção para que outras/os irmãos de pele possam ocupar. É através do trabalho entre pares, da comunicação popular, do empoderamento que esses espaços são construídos. Articuladora na "Agência Jovens Comunicadores da Amazônia" levando e facilitando o acesso a informações. Membro do Conselho Consultivo Jovem do Unicef, estudante de licenciatura em Ciências Sociais e Jovem articuladora no grupo "Adolescentes Mobilizadores da Amazônia". Foi também representante Paraense no “II Congresso Brasileiro de Enfrentamento á Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, representante brasileira/Amazônida no evento dos "30 años de los derechos del niño" em Santiago, Chile e• Representante paraense no encontro de adolescentes sobre “30 anos da Convenção do Direito da Crianca” em Brasilia, DF.E foi a partir do projeto "Empodera Manas" que participou enquanto adolescente que percebeu a importância do protagonismo, da defesa dos direitos humanos, dos direitos da criança e do adolescente, e da importância com indivíduo nesses espaços."
Trabalho Completo.
As discursivizações do sexo travesti no acontecimento fake dói: corpos, discursos da resistência e coragem de verdade
Maxmillian Gomes Schreiner |
Graduando em Letras Português e
Literaturas de Língua Portuguesa, licenciatura, na Universidade Estadual do
Centro-Oeste (UNICENTRO). Já é graduado em Comunicação Social, bacharelado de
Publicidade e Progaganda, pela mesma universidade (2015). É aluno bolsista
PIBIC do Programa de Iniciação Científica da UNICENTRO, desde 2019. Participa
do Grupo de Estudos Laboratório de Estudos do Discurso (Leduni), tomando como
base os estudos discursivos foucaultianos, para analisar os enunciados de
resistência presentes nas obras de pessoas artistas travestis, transexuais e
não binários, principalmente. Busca reunir os estudos sobre a teoria queer, os
estudos interseccionais, para refletir juntamente aos estudos do corpo e dos
dispositivos das sexualidades. Tem experiência em estudos de gênero vinculados
à mídia e em produção audiovisual, nos temas cultura e narrativas ameríndias,
especialmente o nhandereko guarani-mbya. Trabalho Completo.
Graduado em
Psicologia pela Faculdade Guairacá, com especialização em Psicologia Clínica:
Abordagem Psicanalítica pela PUC-PR e experiência na área de psicoterapia
clínica, avaliação psicológica e saúde pública. Atualmente mestrando bolsista
do programa de pós-graduação do departamento de Letras da Universidade Estadual
do Centro Oeste, sob orientação da professora doutora Denise Gabriel Witzel. Trabalho Completo.
Mulheres Indígenas na web: cosmologias, protagonismos e diversidades contra a opressão e violência do dispositivo colonial
Raimundo de Araújo Tocantins é bolsista CAPES, aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL-UFPA), membro do Grupo de Estudo Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas (GEDAI/UFPA-CAPES). Trabalho Completo.Plataforma: Google Meet
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